A ruptura parcial do tendão supraespinhal é uma condição frequentemente diagnosticada no ombro, acometendo especialmente indivíduos que realizam movimentos repetitivos com os braços ou atividades que exigem grande esforço físico. Este problema pode impactar significativamente a qualidade de vida, gerando dor e limitação funcional.
O que é a ruptura parcial do tendão supraespinhal?
A lesão parcial do tendão supraespinhal consiste em uma lesão que não atravessa toda a espessura do tendão, responsável por estabilizar o ombro e auxiliar na elevação do braço. Embora possa progredir para rupturas completas, muitas vezes permanece confinada a uma parte específica do tendão.
Causas principais da lesão
Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento de uma ruptura parcial no tendão supraespinhal:
- Movimentos repetitivos e esforço excessivo: Comumente observados em esportes ou atividades laborais.
- Envelhecimento e degeneração: O desgaste natural do tendão ao longo do tempo.
- Traumas agudos: Quedas ou movimentos abruptos que geram uma sobrecarga no ombro.
A interação entre microtraumas repetitivos e alterações degenerativas é frequentemente associada a essas rupturas.
Sintomas mais comuns
Os sintomas variam em intensidade, mas geralmente incluem:
- Dor na região superior do ombro, especialmente à noite;
- Fraqueza ao realizar movimentos de elevação ou rotação do braço;
- Sensação de rigidez articular, dificultando a mobilidade.
Esses sinais podem se agravar progressivamente, caso o tratamento adequado não seja instituído.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é obtido por meio de uma avaliação clínica detalhada, que inclui histórico do paciente e exame físico. Exames de imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética, são amplamente utilizados para confirmar a presença da lesão e avaliar sua extensão.
Tratamentos disponíveis para ruptura parcial do tendão supraespinhal
O tratamento para a lesão parcial do tendão supraespinhal depende da gravidade da lesão e das necessidades do paciente. As opções incluem:
- Tratamento conservador: Fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios, bloqueio de nervos do ombro infiltrações com ácido hialurônico ou terapias regenerativas, como plasma rico em plaquetas (PRP).
- Tratamento cirúrgico: Indicado quando os métodos conservadores não apresentam resultados satisfatórios ou em casos de lesões extensas. A artroscopia é a técnica mais frequentemente utilizada, permitindo a reparação da lesão de forma minimamente invasiva.
Importância da reabilitação
A reabilitação pós-tratamento é essencial para a recuperação total da função do ombro. Um plano de fisioterapia adequado fortalece os músculos, melhora a mobilidade e previne recidivas.
Consulte um especialista e cuide da saúde do seu ombro
Se você sente dor no ombro ou percebe dificuldade em realizar movimentos simples, é essencial buscar orientação especializada. Não deixe que uma lesão parcial se torne um problema maior. Agende agora uma consulta com um ortopedista especializado e recupere a qualidade de vida que você merece!
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