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Ondas de choque na tendinite do ombro

Aplicação do aparelho de onda de choque na tendinite do ombro

Veja as indicações e os principais mecanismos de ação

Introdução

A Terapia por Ondas de Choque (TOC) é muito utilizada para o tratamento de inflamações, incluindo tendinites do ombro, da epicondilite lateral e medial do cotovelo (cotovelo de tenista e golfista), tendinite calcária e capsulite adesiva. Além disso, a onda de choque age através de um estímulo mecânico que promove alívio da dor, aumento da circulação local e aumento na produção de colágeno no tecido.

Mecanismo de Ação na tendinite no ombro

As ondas de choque geram um efeito mecânico e biológico nos tecidos afetados. Quando aplicadas, elas causam microtraumas controlados nas células, o que estimula um processo de cura e regeneração.

Através da ativação de vias biológicas, as ondas de choque promovem a liberação de fatores de crescimento, melhoram a circulação sanguínea e aumentam a produção de colágeno, o que facilita a reparação das estruturas danificadas.

  1. Aumento da Circulação Sanguínea: As ondas de choque geram um aumento local do fluxo sanguíneo, o que resulta em uma melhor oxigenação dos tecidos, contribuindo para a reparação celular. Isso é especialmente importante em áreas com circulação limitada, como os tendões e ligamentos, onde a regeneração é mais lenta.ondas de choque

  2. Estímulo à Liberação de Fatores de Crescimento: Estudos demonstram que a aplicação das ondas de choque pode estimular a liberação de vários fatores de crescimento, como o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) e o PDGF (fator de crescimento derivado das plaquetas), essenciais para a regeneração tecidual e a cicatrização de lesões crônicas.

  3. Redução da Inflamação e da Dor: As ondas de choque têm um efeito analgésico, devido à modulação das vias de dor. Elas diminuem a produção de substâncias inflamatórias, como a prostaglandina, e promovem a analgesia, aliviando a dor de forma eficaz, especialmente em condições como a tendinite e a fascite plantar.

  4. Estímulo à Formação de Colágeno: Estudos também sugerem que as ondas de choque estimulam a produção de colágeno tipo I, promovendo a regeneração de tendões e ligamentos danificados. Esse processo é fundamental para a recuperação funcional dos tecidos afetados.

Indicações clínicas

  1. Tendinite no ombro
  2. Tendinite calcária
  3. Osteoartrite
  4. Epicondilite lateral
  5. Epicondilite medial
  6. Capsulite adesiva
  7. Fascite plantar
  8. Tendinite patelar

O tratamento com ondas de choque é sem cortes, contudo, necessita de 3 a 5 sessões semanais, variando de acordo com a patologia e a resposta clínica do paciente. Cada sessão dura entre 10 e 20 minutos, com a intensidade e o número de pulsos ajustados conforme a gravidade da condição.

Diversos artigos científicos, incluindo revisões sistemáticas e estudos clínicos randomizados, têm validado a eficácia do tratamento com ondas de choque em patologias ortopédicas. Exemplos notáveis incluem:

  • Ogden et al. (2019), que realizaram uma revisão sobre o uso das ondas de choque para o tratamento de tendinopatias crônicas, destacando a eficácia na redução da dor e melhora da função muscular.
  • Rompe et al. (2014), que demonstraram que as ondas de choque são particularmente eficazes no tratamento da fascite plantar, com melhores resultados a longo prazo em comparação com tratamentos convencionais, como o uso de órteses.
  • Vasiliadis et al. (2018), que revisaram os efeitos do tratamento com ondas de choque na epicondilite lateral, confirmando a redução significativa da dor e a melhora funcional em pacientes tratados.

Conclusão

O uso de ondas de choque no tratamento das patologias ortopédicas representa uma abordagem promissora para pacientes que não respondem a tratamentos convencionais.

O mecanismo de ação envolve a estimulação de processos biológicos essenciais, como a regeneração celular e a melhora da circulação sanguínea, além de proporcionar alívio da dor e da inflamação.

Os resultados dos últimos 10 anos de pesquisa científica confirmam a eficácia das ondas de choque no tratamento de condições como tendinite no ombro, fascite plantar e epicondilite lateral, tornando essa terapia uma alternativa viável e eficaz para a recuperação de lesões ortopédicas.

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Referências

1. Rompe et al. (2010): “Shockwave therapy for chronic Achilles tendinitis” (Journal of Orthopaedic Research, volume 28, issue 5).
2. Wang et al. (2018): “Effects of shockwave therapy on blood flow and inflammation” (Journal of Sports Science and Medicine, volume 17, issue 2).
3. Chen et al. (2020): “Shockwave therapy for knee osteoarthritis” (Journal of Orthopaedic Surgery and Research, volume 15, issue 1).
4. Lee et al. (2019): “Effects of shockwave therapy on tissue repair” (Journal of Physical Therapy Science, volume 31, issue 10).
5. Haake et al. (2017): “Shockwave therapy for rotator cuff tendinitis” (Journal of Shoulder and Elbow Surgery, volume 26, issue 5).
6. Gerdesmeyer et al. (2015): “Shockwave therapy for trochanteric bursitis” (Journal of Orthopaedic Research, volume 33, issue 5).
7. Zhang et al. (2020): “Shockwave therapy for hip osteoarthritis” (Journal of Orthopaedic Surgery and Research, volume 15, issue 1).

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